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quarta-feira, 26 de junho de 2024

SINAL DOS TEMPOS



Retornando á noite de São Paulo, no tradicional Bus. Sossegado com as tradicionais paradas provocadas por acidentes na estreita Fernão Dias.

Sem mais nem menos uma estranha parada. Adentram ao gramado, ou melhor ao interior do ônibus, gentis e sérios soldados da Polícia Rodoviária Federal. Informam da inspeção, solicitando documentos e informações sobre a viagem e vistoria na bagagem de mão, dos poucos passageiros em viagem.

Começaram pelos ocupantes dos bancos traseiros.

Preparei-me e surprendentemente me pularam.

Uma sensação de humilhação. Pô nem parecer suspeito de algo pareço mais. Até ia protestar com o descaso, quando uma senhora, dois bancos adiante, interpelou o PRF:

Porque eu e ela não, indicando a loira do banco ao lado.

Senhora, respondeu com toda a educação, fazemos a checagem aleatoriamente, seguindo normas.

Mas porque eu ? tenho cara de suspeita ? ela não ?

- Encerrando a vistória o moço da federal adiantou: A senhora pode buscar explicação junto a Procuradoria da Polícia Federal.

Nada mais foi dito e nem adiantou eu estar enterrando o boné na cabeça e fazendo cara de mau.

Um dos federais olhando, disse boa-noite, quase que acompanhado de um "velhinho".

Viver é Perigoso

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